Ontem tivemos os últimos jogos da temporada regular e como sabíamos, Thunder precisava vencer e torcerr por um tropeço dos Pelicans para chegar na pós-temporada. Thunder pegou o já sem muitas intenções Wolves e fez sua parte, deixando pra ficar de olho no jogo de New Orleans. Muitos já contavam que tinhamos a classificação pois o jogo do nosso concorrente era contra o atual campeão, San Antonio Spurs, que vinha de 11 vitórias seguidas e brigava pra garantir a 2ª colocação do Oeste, mas isso foi apagado na noite de ontem. Time de New Orleans colocou toda raça em quadra, e com apoio de sua torcida, garantiu sua vaga pros playoffs, deixando o Thunder em 9º lugar no Oeste.
Essa temporada foi uma temporada de altos e baixos. Podemos tirar coisas boas e ruins, e por isso, decidimos listar os 3 pontos positivos e negativos da equipe na temporada 2014-15.
POSITIVOS
1. Russell Westbrook
Não é de hoje que Westbrook é um dos melhores armadores da liga. Mas quando Durant se machucou, muitos desconfiavam da capacidade dele e como ele iria se sair liderando um time em busca de vaga nos playoffs. Pode se dizer que ele calou a sociedade. Russell simplesmente fez uma temporada sensacional, apesar de muitas lesões (rosto, joelho, mão), ele continuou agressivo como sempre, aumentou seu nível, liderando o time em jogos sensacionais, fez história com Triplos-Duplos, brilhou no jogo das estrelas e no final da temporada, teve seu nome cogitado pra ser MVP da temporada.
Médias de Westbrook
Sem Durant x Com Durant
40 jogos x 27 jogos
22v-18d x 18v-9d
30.6 PPG (42.7 FG%) x 24.4 PPG (42.3 FG%)
9.0 APG x 7.4 APG
7.4 RPG x 6.7 RPG
Westbrook explodiu mesmo depois do jogo das estrelas. Após brilhar no jogo especial, em que levou o MVP, ele começou a fazer coisas que quase ninguém acreditava, e depois que Durant saiu da temporada definitivamente, ele liderou o time como poucos esperavam. Sim, que não fomos para os playoffs, mas a temporada de Russel, tem que ser lembrada e respeitada por um longo tempo.
Médias da temporada: 28.1 PPG (Cestinha da Temporada), 8.6 APG (4º na liga), 7.3 RPG, 2.09 SPG (2º na liga) e 11 TDs (Líder da Liga e Maior Número desde Jason Kidd na temporada 07/08).
2. Jogadores secundários virando principais
Muita desconfiança rodava por Oklahoma na temporada. Na temporada passada, os jogadores secundários pouco apareciam e os jogos ficavam quase sempre nas costas do trio Durant, Ibaka e Westbrook. Nessa temporada não parecia que ia ser diferente, até que as lesões começaram a aparecer, e com elas, os jogadores começaram a mostrar para o que vieram.
Morrow foi uma das principais peças, chegou no início da temporada e passou a vir do banco com suas incríveis cestas de 3 pra incendiar vários jogos. Mas por um bom tempo, era só ele. Até que nosso manager, Sam Presti, se agilizou e fez várias trocas trazendo peças importantes como: D.J. Augustin, Enes Kanter e Dion Waiters.
Com essas novas aquisições, o time tomava mais forma e pra vários jogos, tinha esses jogadores como surpresa. Westbrook foi o essencial para eles, um All-Star que comandava o time, fazendo com que a bola rodasse e sem que eles fizessem nada de extrodinário, mas sim, fazendo o que era preciso.
Médias de alguns jogadores:
Anthony Morrow: 10.7 PPG (46 FG% e 43 3PT%)
Enes Kanter (Em OKC): 18.7 PPG (56 FG%), 11 RPG
Steven Adams: 7.7 PPG (54 FG%) e 7.5 RPG
Dion Waiters (Em OKC): 12.7 PPG (39 FG% e 31 3PT%)
3. A chegada de um low post scorer
Apesar de ter bons jogadores de garrafão, o Thunder tinha problemas com o post. Ibaka, Adams, Collison e Perkins, tinham uma raça incomparável, mas o trabalho deles no post ofensivo era bem fraco, e sem isso, o time deixava de ganhar mais um meio de pontuar.
Mas então, como disse acima, Sam Presti fez uma grande troca, se livrando do Perkins, que já não aguentava mais nada, e trouxe o garoto de 22 anos, Enes Kanter. Kanter era considerado um bom pivô, mas sem grandes atuações pelo Jazz. Porém, no Thunder, ele se encaixou como uma luva. O trabalho de pés dele é muito bom, e ele tem uma boa noção de como pontuar. Desde que chegou foram números incríveis, dando um grande upgrade no ataque do time, criando aquela opção a mais de pontuação, dando mais chances de vitória do time.
Desde que chegou em OKC:
. 15 DDs em 22 jogos;
. Primeiro jogador com 15 pontos e 10 rebotes em um quarto desde DeMarcus Cousins na temporada passada;
. Junto com Adams, em Março, derrubaram a média de rebotes dos oponentes de 50.2 para 35.3 por jogo;
. 10 jogos com pelo menos 20 pontos e 10 rebotes;
. Career-High de 30 pontos em Abril.
NEGATIVOS
1. Lesões
A bruxa estava solta em Oklahoma. Lesões atrás de lesões, fazendo com que o time ficasse cada vez mais fraco e vazio. Não só uma, mas sim várias, tivemos problemas com números de jogadores disponiveis pra partida, entre essas ausências, estava a dupla Durant e Westbrook.
Pior período foi no final de 2014, em que Westbrook e Durant ameaçavam voltar bem, mas quando voltavam, se machucavam de novo. Em Novembro, o departamento médico tinha os seguintes jogadores: Durant, Westbrook, Morrow, Roberson, Lamb e Jones.
Westbrook e os outros se curavam bem, e voltaram sem muitos problemas antes do fim do ano pra ajudar o time, mas o atual MVP, tinha os piores problemas. Sempre o mesmo problema: lesão no pé. Ele voltava, e se machucava, e isso se repetia várias vezes. Até que ele foi definitivamente cortado em Fevereiro.
Ibaka que vinha segurando a barra no pior período, se lesionou no final dessa temporada, complicando ainda mais a nossa briga pra ir aos playoffs.
Todas as lesões da temporada:
Russell Westbrook - Fratura na mão direita (30/10/14)
Andre Roberson - Torção no pé (4/11/14)
Perry Jones - Contusão no pé direito (9/11/14)
Mitch McGary - Inflamação na tibia (16/12/14)
Kevin Durant - Torção no tornozelo direito (18/12/14)
Kendrick Perkins - Contusão no joelho (19/12/14)
Steven Adams - Enxaqueca (25/01/15)
Kevin Durant - Problemas no dedo do pé (26/01/15)
Kevin Durant - Torção no dedão do pé (02/02/15)
Anthony Morrow - Torção no ombro (08/02/15)
Steven Adams - Cirurgia na mão direita (09/02/15)
Kevin Durant - Torção no dedo do pé (21/02/15)
Steve Novak - Apendicite (24/02/15)
Enes Kanter - Contusão na coxa direita (27/02/15)
Serge Ibaka - Problemas no joelho direito (16/03/15)
Nick Collison - Torção no tornozelo esquerdo (22/03/15)
Andre Roberson - Torção no tornozelo esquerdo (23/02/15)
2. Derrotas nos momentos finais
Thunder ao longo de sua história tem vários momentos emocionantes. Como se esquecer dos game-winners do Durant? Do Westbrook? Até mesmo do Perkins... Mas nessa temporada, o poder do "clutch" mudou de lado.
Todos sabem que a principal força do Thunder em momentos de decisões, é o Kevin Durant, mas nessa temporada não contamos com ele graças as suas lesões. Com Durant, tinhamos sorte por ele ser um monstro nos arremessos, e não tinhamos que nos preocupar com jogadas. Mas sem ele, isso teria que mudar, mas não foi isso que nosso treinador fez.
Westbrook, Morrow e Waiters tem potencial para fazerem cestas decisivas, tanto que fizeram algumas, mas em momento de arremesso para vitória, eu diria que eles precisariam de um pouco de cautela pra fazer nesse momento. Com Durant, era bola nele e rezar. Sem ele, teria Brooks que fazer, nem que fosse pequena, uma jogada pra sair com a vitória. Mas raramente fazia, e como sabemos, Westbrook é um desastre em arremessos rápidos.
Outro ponto de derrotas no fim, foi a afobação do time. Várias vezes o time tinha uma tranquila liderança já no fim do jogo, e por querer terminar com o jogo de vez, cometia erros bobos, e fazia com que o adversário chegasse e complicasse nossa vida.
O pior e principal jogo que podemos demonstrar isso, foi em Fevereiro, contra o Pelicans. Jogo empatado em 113, e então Anthony Davis fez uma cesta de 3 incrível, que ganharia o jogo, e daria a vantagem do desempate no confronto direto pelos playoffs.
3. Defesa
Thunder sempre foi um time com uma defesa considerada elite. Ibaka e Adams fechavam o garrafão, Durant e Roberson tinham uma boa marcação nos arremessos, e os armadores sempre davam trabalho pros adversários. Mas por conta das lesões, mais uma vez, nossa defesa foi uma completa vergonha.
Sem Durant e Ibaka, que são os melhores na defesa, o time continuou bem no ataque, mas na defesa fez atuações patéticas.
Kanter, apesar de ter chegado como um grande algo a mais para o ataque, ele prejucidou a defesa. Não por atrapalhar, e sim por não ajudar. Números dizem por si mesmo:
Com Ibaka e sem Kanter (Out/29-Feb/20)
Def. Rating: 100.7 (10º na liga)
Recorde: 29V-25D
Com Ibaka e Kanter (Feb/21-Mar/11)
Def. Rating: 105 (25º)
Recorde: 6V-4D
Com Kanter e sem Ibaka (Mar/12-Presente)
Def. Rating: 109.8 (29ª)
Recorde: 7V-7D
Roberson e Collison eram os únicos que sobrariam pra ajudar na defesa, mas também tinham problemas de lesão, e quando jogavam, não resolviam todos os problemas. Com a ausência dos principais defensores, cabia a jogadores como: Waiters, Morrow, Singler, Westbrook e McGary, que passavam longe se ser o essencial pra qualquer defesa.
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