Em noite que Russell Westbrook, Paul George e Steven Adams acabaram ejetados pelo excesso de faltas, perdemos para o Clippers e, mais uma vez, perdemos a oportunidade de nos estabilizarmos nessa reta final de temporada. Esse foi nosso nono jogo depois da pausa para o fim de semana da estrelas, a sexta derrota.
Foto: Mark J. Terrill/AP |
Após cometer 31 faltas contra Portland, possibilitando 47 lances livres, ontem foi a vez de insistir no mesmo erro contra Los Angeles. Foram 34 faltas cometidas para ceder 46 lances livres ao adversário. Uma chamada contestada ali, outa cá. Até a falta em que Paul e Russ foram expulsos são contestáveis, mas não justifica tal fraqueza da equipe. E o pior não é só tal fraqueza, mas insistir nela em duas noites seguidas.
Tal elevado número de faltas só deixa mais claro a fraqueza da nossa defesa, que já nos iludiu sendo uma das mais eficientes da liga. Hoje, não mostramos resistência para nenhum ataque da liga. Pode ser o mais desorganizado, o mais fraco... mas no final da história, vai conseguir pontuar sem dificuldade contra nós. Dois jogadores de LA terminaram com +30 pontos: Lou Williams (40) e Danilo Gallinari (34).
"Isso está fora de controle, alguém tem que fazer algo em relação a isso. Não temos um apito a favor durante todo o ano", disse Paul George após a derrota. Convenhamos que a arbitragem da NBA gosta, e muito, de roubar a cena nos jogos, mas isso acontece com todos os times. A reclamação do ala é cabível não só para OKC, mas para todos os times que são prejudicados pelo apito dos juízes.
Paul George que ontem ficou devendo mais uma vez, mas ficou devendo muito mesmo. O ala que foi expulso no meio do período final, terminou com apenas 15 pontos em 5 de 16 nos arremessos, sendo 3 de 9 do perímetro. As bolas não caem e a frustração no rosto de Paul a cada jogada que se passa é iminente. Ele segue forçando por ter construído uma confiança absurda na temporada, mas o corpo parece não corresponder.
É ruim, doido, estranho, pensar que enquanto PG teve seu melhor momento da temporada, Russ era só crítica. Vivia um dos, quiçá piores momentos da carreira com atuações fracas sendo rotineiras. Agora, o jogo mudou completamente. É notável até a semelhança no estado emocional deles. Quando Russ estava mal, ele se estressava toda hora (não que isso seja difícil), mas a frustração era nítida a cada jogada que se passava. PG vive isso agora. Qualquer coisa que dá errado, a frustração é maior que o normal.
Russell Westbrook vinha liderando o time de maneira imparável. Bandejas importantes, que eram bonificadas com faltas, e arremessos frios em momentos importantes. O armador era nossa única esperança de vitória. Até que ele acabou sendo expulso, também pelo excesso de faltas. Foi embora junto com ele nossa pequena chance de vencer.
Se serve de motivação, além de Russ, nosso melhor momento foi quando a maioria dos nossos titulares estavam com problemas de falta e sobrou para a segunda unidade tentar manter o jogo vivo. Pois bem, não só tentaram como conseguiram. Fecharam o terceiro período com uma sequência de 12-2 que cortou a vantagem de +10 para apenas 4. Logo após, Russ e companhia voltaram e nos deram a liderança. Mas não foi o suficiente.
Os destaques da segunda unidade ficam por conta de Markieff Morris, que já vem sendo peça fundamental nos dois lados da quadra e Nerlens Noel, que foi, mais uma vez, bem mais importante do que Steven Adams. Ontem, Noel se sobressaiu de maneira absurda em seus 16 minutos de quadra. O problema também foi com as faltas, cujo terminou com 5.
Agora temos campanha de 40 vitórias e 26 derrotas, caindo para a quarta posição da conferência, meio jogo atrás de Houston e meio jogo na frente de Portland. Nosso próximo jogo é na segunda, quando seguimos na estrada para enfrentar outro concorrente direto, Utah Jazz.
Destaques:
- Russell Westbrook: 32 pontos (12-23 FG), 8 rebotes e 7 assistências
- Paul George: 15 pontos e 6 rebotes
- Dennis Schröder: 15 pontos, 4 rebotes e 4 assistências
- Jerami Grant: 12 pontos e 4 rebotes
- Markieff Morris: 12 pontos e 7 rebotes
- Nerlens Noel: 6 pontos, 5 rebotes, 2 roubos de bola e 2 tocos
- Abdel Nader: 6 pontos e 6 rebotes
- Steven Adams: 6 pontos e 10 rebotes
Análise perfeita.
ResponderExcluirMas eu achei que a arbitragem influenciou no resultado da partida.