No jogo de sexta contra Charlotte, tivemos Russell Westbrook atuando da melhor forma possível. Da forma que precisamos dele para a temporada. Já ontem, quando recebemos Denver em back-to-back, contamos com o Westbrook que não precisamos. Muito graças à ele, caímos em casa por 105 a 98 e deixamos escapar a chance de dormir na liderança da conferência.
Foto/Reprodução: Bryan Terry/The Oklahoman |
O jogo de ontem tinha de tudo para ser um grande duelo pela liderança da conferência, contudo, começamos com um basquete típico de várzea. Claramente cansados do jogo da noite seguinte, nossos jogadores só estavam existindo em quadra, não brigando por nada e tomando decisões sem muito pensamento prévio. Denver que não tem nada a ver com isso, colocou seu bom basquete em prática e foi para o intervalo com uma vantagem de 21 pontos ao seu favor.
Thunder teve 29% de aproveitamento nos arremessos da primeira etapa, sendo que acertou apenas duas cestas em 19 tentadas do perímetro
A segunda etapa não foi muito promissora, porém, conseguimos tornar a partida disputada colocando um pouco de vontade. Comandados por Paul George e Steven Adams, chegamos no período final com apenas 13 pontos na desvantagem. Foi então que surgiu a problemática do jogo, e essa problemática se chama Russell Westbrook.
Não gosto de apontar culpados em derrotas, muito menos criticar nosso principal jogador, mas ontem, a derrota foi exclusivamente culpa de Russ. O time fluía bem no objetivo de tomar a frente do placar, tanto que na reta do período final, deixamos a partida em apenas duas posses de bola à favor de Denver. Contudo, nosso principal adversário foi o armador. Com decisões precipitadas e forçando bolas sem ao menos trabalhá-la, quebrou todos os momentos possíveis que eram à nosso favor. Se não fosse ele, provavelmente eu estaria escrevendo sobre uma das maiores viradas da história da franquia.
Russ terminou com 6 de 23 nos arremessos, incluindo um acerto em 12 tentativas do perímetro
Compreensível a cabeça dele, afinal, ele quer colocar o time no lado superior do placar a qualquer custo. Mas não dá para aceitar. Como dito já, atualmente temos um time em que ele não precisa fazer tudo para que obtenhamos sucesso. Ele sabe isso, tanto que contra Charlotte ele exerceu seu papel e deixou os outros funcionarem perfeitamente. Mas não basta saber, é preciso fazer com que seja algo rotineiro. Não acredito que esse problema se agrave, afinal, estamos falando de um dos jogadores mais destemidos da liga. Mas tendo um time que nunca tivemos em mãos, é momento de se esforçar um pouco mais.
Só um adendo: Russ ficou duas horas em quadra após o término da partida praticando seus arremessos. Ele sabe que foi mal e entende que precisa melhorar. Como disse, destemido.
Outro ponto que devemos levar em consideração é a dificuldade de Steven Adams no matchup contra Nikola Jokic. O pivô de Denver joga mais fora do que dentro do garrafão, e com isso, atrai o nosso pra fora também, deixando nossa área pintada livre para os adversários pegarem rebotes e pontuarem na segunda chance. No primeiro tempo, eles conseguiram quase 20 pontos assim. Felizmente na segunda etapa do jogo de ontem colocamos vontade em quadra e lutamos para assegurar rebotes. Esse é um problema que não só se restringe ao duelo com Jokic. Adams terá mais pivôs móveis ao longo da temporada e precisa se adaptar ao jogo deles.
Destaques:
- Paul George: 24 pontos e 11 rebotes
- Russell Westbrook: 16 pontos, 9 rebotes e 12 assistências
- Steven Adams: 12 pontos e 14 rebotes
- Dennis Schröder: 18 pontos
A conferência se encontra tão bagunçada que com a derrota de ontem, caímos de segundo para sexto colocado. Caso vencêssemos, estaríamos em primeiro. Após sequências duras o time agora descansa até quarta-feira, quando enfrente o Cavs.
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