Ainda buscando a sequência ideal em uma temporada que já teve duas lesões, Russell Westbrook mostrou ontem o basquete que precisamos dele. Na vitória contra Charlotte por 109 a 104, o armador tomou decisões certas sem deixar de fazer o que faz de melhor: liderar o time para a vitória.
Foto/Reprodução: The Associated Press |
Desde a saída de Kevin Durant o Thunder passa por reformulação após reformulação. Nesse meio, Westbrook se via sozinho e tinha que fazer de tudo pelo o time. Não é à toa que nas duas últimas temporadas terminou com média de triplo duplo. Ele fazia de tudo e mais um pouco. Hoje, isso não é mais necessário para que o próprio atinja sucesso.
Temos um dos melhores elencos da história da franquia, sem hipérbole. Com Paul George, Steven Adams e Dennis Schröder, a separação de funções ocorre muito bem. Não são apenas nomes, igual na temporada passada que tivemos três estrelas no mesmo time. Mas sim jogadores que exercem sua função com maestria e só tendem a melhor o rendimento do time. Na temporada, Russ só lidera o time em assistências, tendo PG liderando assistências/roubos de bola e Adams nos rebotes. O atual Westbrook que precisamos não é aquele que faz tudo, mas sim, o que exerce liderança de um MVP com vontade de ser campeão.
Esse foi o jogador que vimos ontem. Do outro lado, Russ tinha um confronto pesado contra um dos jogadores mais quentes do momento, que é Kemba Walker. Com a cabeça no lugar e sem precipitações, nosso armador teve um grande jogo. Bons passes, boa criação de arremessos, momentos explosivos e o mais importante: espírito decisivo nos momentos finais de jogo. A grande atuação quase foi coroada com um triplo duplo. Foram 30 pontos, 12 assistências e 8 rebotes com
55% de aproveitamento nos arremessos.
O jogo foi disputado do começo ao fim. Apesar de termos uma boa defesa, não conseguimos neutralizar o bom ataque do Horntets, e apesar de ter apenas quatro jogadores no banco de reservas, não facilitou em momento algum da partida. Com trocas de lideranças frequentes, conseguimos nos estabilizar na segunda etapa, talvez pelo fato do cansaço ter batido no time deles. Afinal, temos um dos ritmos mais rápidos da liga.
Como de costume, no período final deixamos o adversário encostar e claramente, o jogo tomou ares de nervosismo. Sabendo que estava devendo com atuações abaixo, Russell Westbrook então chamou a responsabilidade do jogo para si. Foram oito pontos na reta final e o mais importante: marcação um tanto quanto impecável contra Kemba.
A vitória nos colocou na liderança da conferência pela primeira vez desde 26 de dezembro de 2013. Claro que, não lideramos sozinhos. Dividimos ela com o Clippers e Memphis
Com Westbrook e Schröder começando juntos pela primeira vez na temporada, Deonte Burton teve oportunidade vindo da segunda unidade, e assim como Cabarrot há pouco tempo, aproveitou além de enterradas absurdas, contribuiu com 11 pontos.
Destaques:
- Russell Westbrook: 30 pontos, 8 rebotes e 11 assistências
- Paul George: 19 pontos, 9 rebotes e 6 assistências
- Dennis Schröder: 23 pontos e 5 assistências
- Steven Adams: 13 pontos e 8 rebotes
- Deonte Burton: 11 pontos
- Jerami Grant: 11 pontos e 6 rebotes
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